O acordo João Batista do Couto Neto, suspeito da morte de 42 pacientes e investigado por lesões em outras 114 pessoas em Novo Hamburgo (RS), foi solto nesta quinta-feira (31) após judicial que concedeu habeas corpus. A informação foi confirmada pelo advogado de defesa, Flávio Barros de Lia Pires, sem detalhes sobre a fundamentação da decisão. 1d2q30
Couto Neto estava preso desde setembro de 2024 por descumprimento de medidas cautelares. Sua prisão inicial ocorreu em dezembro de 2023 em São Paulo, após obter registro no Conselho Regional de Medicina do estado. A Polícia Civil investiga uma suspeita de homicídio doloso – quando há intenção de matar ou se assume o risco – em relação às 42 mortes.
O caso segue em andamento. No início de outubro, começaram as audiências com familiares das vítimas, que se relacionam a dor da perda e a busca por justiça. Uma das testemunhas, Cristina Costa Kirch, mãe cujo falecimento após cirurgia realizada pelo médico, expressou arrependimento por não ter percebido antes dos sinais de irregularidade. Outros familiares também prestaram depoimentos, demonstrando a expectativa de que o médico seja responsabilizado e impedido de causar novos danos.
A defesa de Couto Neto afirma que "muitas das imputações não dizem à realidade". O advogado de uma das famílias das vítimas, Thiago Dutra, porém, mostrou-se confiante na possibilidade de julgamento popular, dependendo da decisão judicial. O processo segue em instrução, com a coleta de provas para subsidiar a decisão final do juiz.
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